segunda-feira, 17 de junho de 2013

Teoria do Cinema

Existe uma teoria, que por todos é conhecida, mas por ninguém escrita: A Teoria do Cinema. 

De acordo com esta teoria, a qual remontará aos primórdios da história do cinema de bilheteira, é-nos possível aferir, apenas de acordo com a localização geográfica da sala de cinema em questão, os atributos físicos da acompanhante do macho sub judice e a importância que esse engate tem para o mesmo.

Quanto mais longe do centro, pior será o engate que se tem e menos interesse (amoroso) terá o homem na mulher. O “centro” pode variar de pessoa para pessoa. Mas por “centro”, entender-se-á o cinema onde habitualmente vão as pessoas do círculo social do indivíduo em questão.

Imaginemos um jovem que estudou e sempre viveu no Rato. Aqui, o seu “cinema centro” será, possivelmente, o Corte Inglês.

Assim, pontuando a companhia de 0 a 10, chegamos à seguinte tabela de correspondência cinema/interesse do engate*:

Corte Inglês 

Nota: 10 a 7 

Obs: 7 ainda se aceita

Amoreiras e Campo Pequeno 

Nota: 7 e 6 

Obs: 6 já é arriscado. É melhor apostar numa sessão menos frequentada (um terça à meia noite, p.e.)

Alvaláxia 

Nota: 6 a 4 

Obs: 4 é só se não houver gasolina para ir mais longe

Medeia Fonte Nova 

Nota: 4 e 3 

Obs: não há observações a fazer sobre um 4 e um 3


* Os níveis 2 e 1 não são englobados nesta teoria, pois só tarados ou ceguinhos levam senhoras deste calibre a passear na rua e como, por um lado, não pretendo que esse tipo de gente (os tarados) leiam este blog, e por outro, não acredito que o outro tipo de gente (os ceguinhos) leiam este blog ou vão, sequer, ao cinema, abstenho-me de incluir nesta teoria - que é minha e faço dela o que quiser - níveis tão baixos de fisicalidade.

Claro que haverá outras variáveis a ter em consideração e que alterarão por completo esta teoria. Se houver sentimentos envolvidos, facilmente se leva um 6 ao Corte Inglês. Dando outro exemplo, também é possível levar um 9 ou um 8 ao Campo Pequeno se, por qualquer razão, não queremos dar nas vistas, como, por exemplo, se alguma dessas pessoas tiver acabado uma relação há pouco tempo, etc. De igual modo, o que é um 8 para uma pessoa, pode ser um 6 (ou menos) para outra, por isso a aplicação prática desta teoria vai carregada de uma grande subjectividade.

Mas uma coisa é certa e objectiva, ninguém vai ao Alvaláxia pelas pipocas.

6 comentários:

Morales disse...

deixa-me adivinhar: lembraste-te disto enquanto compravas pipocas no alvaláxia na companhia dum date!

Xadão disse...

Não. Já penso nesta teoria há muito tempo. E, ainda que inconscientemente, todos os rapazes escolhem bem a sala e a sessão onde ir consoante o seu date.

RT disse...

Depois de terem acordado a ida ao cinema, fulano recebe da sua companhia, um sólido 6, a seguinte mensagem.

"Já comprei os bilhetes, o Amor não tira férias, 9h30 no UCI do Corte Inglês, sabes onde é?"

Desde logo se instala o pânico em fulano...

- Fdss...Boicoto o programa?? Epá eu não posso ir para o Corte Inglês!! Não posso!! Mas o que é que eu invento à gaja?? Porra as merdas onde eu me meto! Mas esta gaja é de onde?? Acha que eu não sei onde é o Corte Inglês?? - Pensou fulano

Quid Juris Xadão?

Xadão disse...

Lol, é disso que falo.

Porra não há pior do que um 6 sólido e orgulhoso de si mesmo.

Nesses casos, um gajo tem que se safar de qualquer maneira. Não me interessa como, mas um gajo arranja sempre maneira.

Nem que gaste mais dinheiro e diga: "Já compraste?! Mas eu acabei de receber dois bilhetes para a Sala VIP do Fórum Montijo com direito a pipocas, vallet parking e lavagem do carro!! Não podemos desperdiçar."

Perante a perspectiva de aproveitar algo maior, os 10€ que ela já gastou vão-lhe parecer relativos. Bem como te vão parecer relativos os 40€ que vais gastar na brincadeira.

É tudo uma questão de perspectiva, portanto.

RT disse...

LOL...

Perspectiva e subjectividade!

Maumel disse...

Fodasse Jando... agora vou ter de te endereçar os honorários da minha tarde...!