sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Ventoux

É de feitos como este que os melhores capítulos da história da humanidade são escritos. Odisseias que fazem estender o limite daquilo que é considerado humanamente possível, e que nos fazem acreditar que o céu é mesmo o limite para aqueles que vêem nos sonhos ideias. Esqueçam os ultramaratonistas que correm 300 kms no deserto. Esqueçam os tarados que sobem o Evereste. Esqueçam esses pussies e ponham os olhos nestes Rambos! A ideia é tão simples quanto genial: alugar uma bicicleta nas ruas de Londres, metê-la na mala do carro, viajar até ao sul de França e, uma vez chegados, subir a montanha mais difícil da Volta à França em bicicleta. Parece fácil mas não é. Tudo isto tem de ser feito em menos de 24 horas porque - obviamente!! - ninguém quer pagar uma multa por exceder o tempo de aluguer da bicicleta quando se está a subir o Mont Ventoux.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

"this fantasy in which people lose all power over themselves"

Um debate interessante, com participantes improváveis (Matthew Perry Vs. Hitchens mainovo?! Wtf?!?!), e em que Portugal - pasme-se!! - é apresentado como um bom exemplo. A coisa começa a aquecer verdadeiramente a partir dos 3:20, e é uma pena que aquele que aparenta defender a posição certa não tenha o mesmo jeito para o debate que tem para a comédia. Acontece até por mais que uma vez ele confundir os dois. Não obstante, vale a pena ver.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

vaginal knitting (isso mesmo)

Há uns dias atrás, estava eu feliz e contente numa daquelas deambulações pela net, desprovidas de destino ou propósito, apenas guiada pelos impulsos pop-upianos que, ignorando o perigo que se aproximava, bati de frente numa idiotice. Por vezes acontece depararmo-nos com idiotices. Na net então é muito comum, pelo menos para mim que, estou convencido, as procuro inconscientemente. Esta idiotice em concreto deixou-me num nível de irritação tal que só agora encontrou paralelo no historial de pequenas e súbitas irritações que de vez em quando me assolam o espírito. Falo de "arte", assim mesmo, entre aspas. Falo daquelas manifestações públicas que por serem tão fora da caixa (essa puta dessa expressão que Portugal descobriu e agora parece não querer largar) e tão pouco usuais que são apelidadas de "arte". Não falo de pinturas abstractas que ambicionam a precisão de uma criança de 3 anos, nem de filmes à la César Monteiro que, como o próprio tratou de explicar de forma suficientemente explícita, não ambicionam sequer o reconhecimento do público (acho que não estou a ir longe demais aqui, foi o próprio que disse que quer "que o público português se foda"). Esse tipo de manifestações artisticas são-no em consequência do reconhecimento de um público restrito, composto essencialmente por artistas. Esse tipo de manifestações não me chocam. Não me irritam. Não as compreendo, mas sou humilde o suficiente para simplesmente encolher os ombros e conceder que se alguém está disposto a pagar fortunas por determinado traço em fundo branco, é porque ele deverá valer isso. Sou muito Marshaliano nesse aspecto. Fui ensinado que o preço se justifica pela intercepção da curva da procura e da oferta (qualquer coisa assim) e não sou de questionar temas que não domino (not!). As que me irritam não são essas. Não. As que me irritam são as que são idiotas. O que as torna idiotas é que já é de mais dificil explicação, sobretudo quando falamos de algo - arte - cuja avaliação obedece ao mais relativo dos critérios: a estética. O que para uns é idiota, para outros é lifechanging, mas eu vou correr o risco e vou dizer: vão po caralho!! Há arte que de artístico só tem a cavalgadura que habita o cérebro de quem a faz. Foi o caso dessa idiotice com que me deparei há uns tempos. Não encontro o link, mas também não me apetece dedicar muito mais tempo ao tema, nem tão pouco dar-lhe mais umas views à pala. O que estava em causa era uma exposição (em Serralves senão me engano) e o vídeo versava sobre apenas uma das "obras" que estava em exposição. O "trabalho" consistiu em pôr um plástico de - vá - 5x3 metros no chão e de seguida, cerca de 10 pessoas, deslocaram-se para cima do plástico para, todos de jornal na mão, baixarem as calças até aos tornozelos e largarem ou uma poia ou uma poça de mijo (o critério a que obedeceram para fazerem uma ou outra não ficou claro) em cima do plástico enquanto liam o jornal. Foi o que aconteceu. Foi o que se viu no tal vídeo. Pessoas a cagar e a mijar para cima dum plástico, rodeadas de um público entusiástico (com elevada taxa de utilização de óculos de massa), que não se coibiu de aplaudir sonoramente assim que os intestinos e bexigas dos artistas tornaram inviável a continuação da mostra. Isto é idiota. Ponto. A única coisa mais idiota que isto é quem ousar contestar que isto é idiota.

Hoje dei com outra idiotice do género verdadeiramente idiota que só 10 pessoas a cagar e a mijar por uma mesma causa desconhecida consegue igualar. Trata-se da arte do Tricot Vaginal. Esta vaca do vídeo abaixo chegou aos 30 anos e percebeu que a única coisa que sabia fazer, para além de fazer tricot, era ser cabelereira. Mas como a montra que diariamente leva em cima dos ombros nunca pareceu chamar noinguém para os seus serviços de cabeleireira, decidiu apostar no tricot. Com uma nuance (é viciada em nuances): o novelo de lã está na snaita. Soberbo! Que gigantesca idiotice esta. É o que eu digo: o Cash e o Armstrong juntam-se para bater umas bolas e há 127 mil pessoas que acham isto digno de ser visto. Uma gaja decide fazer tricot com o novelo na cona e há mais de 2 milhões de pessoas que não perdem pitada. Foda-se. Qualquer dia o Sporting é campeão.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Cash & Armstrong

São coisas como esta que nos fazem duvidar do futuro da humanidade. O Justin Bieiber limpa o olho de cima para baixo em vez de de baixo para cima e qualquer vídeo que faça referência a essa efeméride vai instanteamente às 750 milhões de views. Mas este vídeo, que junta dois monstros da música, dois monstros de tal magnitude que um gajo até duvida que sejam contemporâneos, e leva umas míseras 128 mil views. Tudo bem que, da mesma maneira que o facto de ter havido mais inscritos na Casa dos Segredo do que no acesso ao Ensino Sperior em 2013 deixa mal sobretudo os primeiros, quem fica mal nesta fotografia também são so que não viram este vídeo e papam tudo o que o Bieber faz. Fica dada assim a oportunidade de ficarem bem nesta fotografia.