Tentando não parecer muito “girly”, ou simplesmente ignorando o facto de não o conseguir deixar de parecer ao apresentar uma rubrica destas, venho deixar-vos 5 coisas que me arreliam - sem estarem, necessariamente, por ordem de importância:
1. Malta a quem dou boleia no carro e que se põe a falar ao telefone.
Uma coisa é atender uma chamada curta. Outra coisa é atender, fazer conversa, pedir para pôr a música mais baixo porque não consegue ouvir o outro lado do telefone (esta mata-me), rir e impedir os outros ocupantes de falarem entre si ou de simplesmente aproveitarem o silêncio reinante no ambiente do carro. Apesar de não ser uma regra básica de educação, como comer de boca fechada, ou agradecer um favor, e de a minha mãe nunca me ter dito expressamente que não devia atender chamadas quando estou no carro dos outros, penso que resulta do bom senso ter cuidado com este pormenor. E isso agradeço à senhora minha mãe. Uma boa educação não deve pretender alertar os petizes para uma lista taxativa de coisas a fazer e a não fazer, mais do que isso deve tentar incutir-se no educando um sentido de bom senso, de maneira a que se adapte a cada situação. Ora, infelizmente, neste caso que falo, muitos são os meus amigos que não se apercebem do desagradável que é fazer uma viagem em que os mesmos vão a falar ao telefone, monopolizando o ambiente. Cheguei ao cúmulo, certa vez, de dar boleia a um puto, no fim do meu treino - com prejuízo do meu tempo de chegada a casa -, e qual não é o meu espanto quando o indivíduo vai ao telefone o tempo inteiro. O tempo inteiro! Já ia contrariado por levar o puto e ainda tive de ir calado e sem som o caminho inteiro. Não percebo. A história é ainda pior, tendo em conta que tomava as rédeas de um Smart.
2. Os pequenos poderes.
Falo dos poderes atribuídos a certos empregos da sociedade, nomeada e mormente, de cariz público-administrativo - mas não só - que são exercidos de forma arrogante e provocadores de alguma revolta. É a mulherzinha das Finanças, o funcionário do Consulado, o porteiro da discoteca, o segurança da cancela, o polícia, etc.
A arrogância que daí provém apenas prova a frequência com que os mesmos são sodomizados. Prevê-se, ou espera-se, que a frequência seja diária.
3. Taxistas
Na verdade é uma relação de amor/ódio. Não posso com eles, mas não passo sem eles. Estes seres altamente desprezíveis alimentam o seu ego com as pequenas vitórias do trânsito. Estes gajos farejam um pisca! Se pressentem que vamos mudar para a faixa deles, põem uma abaixo como se a vida dependesse disso e não nos deixam passar. Tomei-lhes o gosto por lhes fazer o desgosto. Mudo rapidamente, não ponho pisca, entro no jogo deles. Se perco não fico chateado. Se ganho, eles ficam. Dá-me um certo gozo, confesso. Por outro lado, não me custa deixar passar ninguém para a minha faixa.
Do outro lado da moeda, algum taxista blogger, que faça uma rubrica semelhante, há de escrever que uma das coisas que odeia são “Xadões”. O Xadão, quando vai do lado de dentro do táxi, espreme o condutor até que o mesmo não possa mais com ele.
Às vezes o espremer é apenas psicológico.
4. ABBA
Ódio visceral e ligeiramente inexplicável (e exagerado).
Prefiro comer feno o resto da vida a ver uma vez o Mamma Mia.
5. Esperar.
No trânsito. Na bilheteira do cinema. Nas Finanças. No médico, cá em baixo pela namorada, no metro, por uma nota, por receber um presente, por dar um presente, pela comida num restaurante, por uma resposta, por uma pergunta, pela hora, pelo microondas, pelo programa que vai começar, pelo site que não abre, pelo zapping que é lento, para ir à casa de banho, para sair de casa, pela minha cadela que chamo e não vem, pelos números do euro milhões, pelo começo e pelo fim do jogo, por uma oportunidade, por uma mensagem, pelo sono, pelo tempo que não chega nem se anuncia e de repente já lá vai.
Não gosto de esperar.