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segunda-feira, 18 de maio de 2015

Keep it simple


Percorrendo o meu facebook, começo a ver aparecerem algumas fotografias de amigas de biquíni. Peço desculpa, de fato de banho. Quer dizer, de triquíni. Sinceramente, não faço ideia o que aquilo é. As miúdas perderam a cabeça. Há tangas gigantes que vão até aos ombros, partes de cima do biquíni com trinta e sete mil fios para se entrelaçarem uns nos outros quando o resultado final, não nos esqueçamos, é simplesmente dar um nó naquilo.

Adoro as Cantês, as Fio-Rosa, as Papua e mais não sei quantas da vida, pelos catálogos que nos dão, mas odeio-as pelo festival a que nos sujeitam cada vez que vamos à praia.

Onde é que estão os típicos três triângulos de que tanto gostamos? Uma miúda com um biquíni Cantê é como uma miúda com demasiada maquilhagem. Às vezes fica bem, mas não se esqueçam, minha gente, que, no final do dia, nós gostamos é de vocês simples.

terça-feira, 7 de abril de 2015

Petição chumbada


Já passou algum tempo desde que Simba, o leão da Rodésia, emigrado para Idanha-a-Nova, comeu chumbo em quantidade suficiente para não ficar para contar. Gosto de animais, gosto de leões da Rodésia. Tenho um cão e adoro o meu cão. Mas não assinei a petição. E mais, condeno ligeiramente quem o fez. E tenho vários amigos que não se fizeram rogados na hora de emprestar o nome a esta “causa”.

Primeiro, não percebo a utilidade de uma petição neste caso. Relembro que a petição, que está muito mal feita e explicada, refere o seguinte: "Pressionar para: que se faça Justiça; Sensibilizar as entidades competentes; Mobilização Nacional; Apelar à indignação”. Por um lado querem que se faça justiça, mas ou há responsabilidade (seja civil ou criminal) ou não há. Se houver, que se aja, se não houver, não será uma petição que fará o que a lei não pune. Por outro lado não há, verdadeiramente, um caminho definido para atingir os vagos fins a que se propõem. Não há um princípio, um meio e um fim. Mas as pessoas assinam. E fazem-no em barda. Dá-me genuína vontade de rir quando leio “Apelar à indignação”. Basta apelarmos a que as pessoas se indignem, para termos mais de 70 mil macacos a subscrever um papel. Genial.

Ainda assim, o que mais me causa impressão, na facilidade com que milhares de pessoas assinam uma petição, prende-se com o facto de ninguém ter procurado saber o que realmente se passou. Um cão morto à chumbada é razão suficiente para assinar uma petição, mas um cão morto à chumbada não é razão suficiente para as pessoas se perguntarem simplesmente: Porque é que foi um cão morto à chumbada?.  As pessoas confundem o resultado com o fundamento. Esta petição não visa acabar com a mania instalada em Portugal de matar cães à chumbada. E não visa porque essa mania não existe. Felizmente, não há cães a provar desnecessariamente chumbo letal todos os dias. Matar cães à chumbada não é um hobby generalizado cujo fundamento, e consequente resultado, se repugnam. Isto não é como as touradas que podem e devem (para quem as quer erradicar – eu, pessoalmente, sou a favor das touradas) ser combatidas, entre outras armas, com petições.

Se este cão foi atingido mortalmente, por alguma razão o foi. É essa razão que cumpre apurar, pois só aí poderemos condenar ou desculpar a acção de quem matou. Essa razão ninguém a quis procurar. A ninguém interessou. É curioso ver que em notícia alguma, incluindo vídeo, se vê o dono a dizer que o cão não fez nada que merecesse a chumbada. Ouve-se o dono dizer que o cão era meigo e bem treinado, mas já não que aquela chumbada em concreto não foi precedida de nenhuma acção do seu cão que pudesse merecer uma chumbada.

Não esquecer que falamos de um leão da Rodésia, raça capaz de comer uma ovelha antes do jantar.

Eu não sei o que se passou. Mas algo se passou.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

All rise!


Confrontado com algumas queixas de que os homens salpicam o chão quando fazem o n.º 1, viu-se um tribunal alemão obrigado a pronunciar-se sobre esta complexa questão. A sentença escreveu que mijar em pé (desculpem mas não tem outro nome) é um direito que assiste aos homens.


Agora reparem que a notícia diz que há casas de banho na Alemanha onde já é proibido despejar em pé. Mas o que é isto?! Onde é que esta malta quer chegar? Para onde caminhamos?

É isto obra dos movimentos feministas com inveja dos homens que passam pelas inevitavelmente intermináveis filas das mulheres para os WC nas discotecas e noutros eventos? É isso?

Falando sério, eu percebo que se queira, e se deva, pugnar por um paralelismo entre homens e mulheres, mas isto é caminhar para a convergência.

E desculpem-me, mas eu não quero estar cá quando os pontos convergirem.

A decisão do tribunal alemão é uma má decisão. Errada. 180 graus ao lado. Mijar em pé não é um direito dos homens, é um dever.