Nunca consegui levar a sério uma personagem de De Niro que chorasse. Ver De Niro a chorar sempre me pareceu forçado. De Niro personifica o old school como nenhum outro (desculpa Clint, desculpa) e nesta entrevista é curioso ver como duas facetas de um dos maiores atores da sua geração convivem de forma tão clara. Por um lado temos o De Niro que todos conhecemos e admiramos: I like things that don’t change. I like consistency. Constancy. People look forward to tradition, they come back, it’s still there, nothing’s changed. Like when you go to a certain restaurant and you go back, and all of sudden it’s changed because they hired a new chef. If it’s not broke, don’t fix it. Passadas duas ou três frase deparamo-nos com um De Niro que se desmancha a chorar com uma pergunta: I get emotional. I don’t know why, justifica-se, como que se apercebendo que estava a mostrar algo que julgávamos impossível. É, em primeiro lugar, por isso que esta entrevista é interessante. Porque nos mostra um De Niro diferente. Vulnerável. Mais humano. Em segundo lugar porque nos dá a conhecer um projeto que virá a público em breve sobre a vida e obra do seu pai.
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