Hoje celebro 29 anos. "Celebro" é uma maneira de dizer porque, na verdade, não celebro nada. Assinalo quanto muito - que é, afinal, o que estou a fazer - e muitas (ou algumas) outras pessoas, amigos e conhecidos, assinalam por mim quando me deixam mensagens, mais ou menos elaboradas, mais ou menos simpáticas, mas todas com o mesmo singelo objetivo: dizerem-me que gostam de mim. É bom. Sentir que nestes 29 anos fui conhecendo pessoas que me estimam, pouco ou muito, mas que me estimam. Gente que vejo todos os dias. Gente que vejo dia nenhum. Faz-me sentir pequeno. Sentir que a estima que me têm é maior que a estima que me tenho. Parece que não mereço que me estimem tanto. Soa a falsa modéstia, até a mim que sou eu que o digo, mas é o que sinto. Fazer anos obriga-nos a fazer balanços e fazer balanços faz-nos recuar no tempo. Voltar ao tempo em que o futuro era uma folha em branco, e o presente era preenchido com pessoas que agora pertencem ao passado e que nos fazem muita falta. Neste dia lembro-me dela, mais do que em qualquer outro. Faz-me mal. Ou bem, não sei. Sei que dou por mim e estou a escrever num blogue, sem razão, tomado apenas pela emoção e isso não sei se é bom se é mau. É, apenas. Tudo isto para dizer: obrigado a todos por se lembrarem.
Fica um vídeo, porque eu gosto de vídeos, mesmo quando transpiro melancolia. Sobretudo vídeos que reflictam o estado de espírito do momento.